Por
Antunes Ferreira
Desde
Maio do ano passado que aqui não vinha. Uma recaída da maldita depressão
bipolar que tiver há seis anos e que durara cinco anos e seis psiquiatras,
deixou-me de rastros até há 15 dias. Mais um aborrecimento, mais um sofrimento,
mais dias muito difíceis Agora estou de volta, pois o patrão da loja, o meu
querido Amigo Carlos Medina Ribeiro já me disse que voltava a acolher-me.
Obrigado, Carlos. Aos (cada vez em menor número…) que me aturam e me
acompanharam e ajudaram e apoiaram, mais um obrigado. Na minha Santa da
Ladeira, ou seja a Dr. Alice Nobre disse-me na passada segunda- feira que ainda
me mantinha a medicação, mas tenho esperança de estabilizar a doença que, de
resto é incurável. E, felizmente, a psiquiatra também tem a mesma opinião. Mas, tenho medo de voltar atrás, confesso. Oxalá
que não.
CONTINUO entretanto com a capacidade -
talvez mesmo maior - de lutar pela Verdade - que estes lacaios da troica e do
poder económico conspurcam quotidianamente. Alegando transparência, escudam-se
na escuridão em que vivem; mentem com quantos dentes (cariados) têm na boca.
Sabem que estão a amortalhar o Povo Português e que estão errados e não querem
reconhecê-lo. Praticam a engenharia (?) financeira e mentem Olhe-se, por
exemplo, com alguma atenção para o OE de 2012 e ver-se-á o que fez o ministro
Gaspar para chegar aos 4,8 % de défice. Para tanto, foi contando como receita
os fundos de pensões de instituições diversas, principalmente dos bancos e com
a venda da ANA – que a Eurostat começou por rejeitar, agora faz que anda mas
não anda, e quiçá venha a considerá-la perfeitamente correta. Eu não percebo
muito de finanças nem de economia, apesar de as ter estudado (?...) na
Faculdade de Direito da UL. Mas aprendi umas coisas quando fui adjunto do
falecido Prof. Sousa Franco, quando este foi Presidente do Tribunal de Contas
e, depois, ministro das Finanças.
Os exemplo dos despautérios
deste (des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda fazer, são
muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins, BCE e FMI
tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(ti)tor
português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos
aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números
que nunca tinham sido atingidos em Portugal. Olhe-se, por exemplo, com alguma
atenção para o OE de 2012 e ver-se-á que o ministro Gaspar para chegar aos 4,8
% de défice. Para tanto, foi contando como receita os fundos de pensões de
instituições diversas, principalmente dos bancos e com a venda da ANA – que a
Eurostat começou por rejeitar, agora faz que anda mas não anda, e quiçá venha a
considerá-la perfeitamente correta. Eu não percebo muito de finanças nem de economia,
apesar de as ter estudado (?...) na Faculdade de Direito da UL. Mas aprendi
umas coisas quando fui adjunto do falecido Prof. Sousa Franco, quando este foi
Presidente do Tribunal de Contas e, depois, ministro das Finanças. E por isso…
Os exemplo dos despautérios
deste (Des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda fazer, são
muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins, BCE e FMI
tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(tu)tor
português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos
aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números
que nunca tinham sido atingidos em Portugal.
Mas os
outros comparsas desta farsa ignóbil são todos ou quase todos. Os exemplo dos
despautérios deste (Des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda
fazer, são muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins,
BCE e FMI tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(ti)tor
português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos
aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números
que nunca tinham sido atingidos em Portugal.
E têm
nomes: o ministro Relvas licenciado por obra e graça do divino Espírito Santo e
da Lusófona, apenas tendo feito uma cadeira e logo ficou com o canudo na mão
dada a sua «grande experiência nos mais diversos campos», o super ministro da Economia, e de mais uma
porrada de coisas, Álvaro Santos, que vive noutro planeta, se calhar na Lua ou
mesmo em Marte. A
gentil e graciosa Crista, ministra da Agricultura e das Pescas e etc., que
mandou que os altos funcionários do seu Gabinete, isto é os «importantes
trabalhadores da Função Pública desligassem os ares condicionados para dar
exemplo da poupança absoluta.
E o
ministro dos Assuntos Sociais, Mota Soares que foi para o seu ministério de
Vespa e hoje usa um topo de gama. Bastam estes, mas há mais, ou seja são todos,
à frente dos quais Passos Coelho é um salta pulinhos de pilhas de fancaria e
fora do prazo de validade. Para não
falar no Portas que, como se sabe, abre e fecha quando lhe surge oportunidade e
lhe dá realíssima gana e, ainda, é especialista em submarinos que não submarinam quase nada. Ao pé deles o
Nautilusdo capitão Nemo inventado pelo Júlio Verne nas suas «20 mil léguas submarinas» estava muito mais …
adiantado e sofisticado.
São um
arremedo de ditadores de pacotilha e têm quem lhes dê «boa informação», muitas
vezes paga, poi que há bastantes jornaleiros, perdão, jornalistas que o fazem.
São, portanto desonestos, apoiados pelas organizações e países e governantes
que os dominam. Fazem todos parte da mesma máfia internacional, dizem-se
neoliberais e são prepotentes, arrogantes e espertalhaços, desde Belém a São
Bento e etc. Para não falar no Fernando Ulrich, banqueiro, que disse que os
Portugueses, aguentam, ai aguentam , pois se os sem-abrigo aguentam por
que bulas os outros não haverão de aguentar?
Não há quem lhe vá ao focinho, pelo menos?
Dizem
que os que estavam antes eram mentirosos, corruptos e falcatrueiros, o que eles
também são, mas não dizem que foi o Cavaco Silva, da mesma seita laranja, que,
quando primeiro-ministro e com dinheiro «dado» pela então CEE, pagou aos agricultores
para que arrancassem oliveiras, sobreiros e vinhas, mas agora diz que os
Portugueses devem dedicar-se à agricultura. Pagou, com os dinheiros da mesma
origem para aos armadores afundarem a frota pesqueira nacional e agora roga que
se pratique a pesca para ajudar a saída
da «crise» que ele próprio começou a criar.
Enfim,
sobem os impostos de todos, incluindo os reformados, e assim diminuem os
salários, o poder de compra e dão de pantanas com a pouca Economia que temos,
aumentam os preços da energia, da água, dos transportes e até do pão, e tudo
para restaurar a confiança dos chamados «mercados» a quem prestam vassalagem.
Por mim, mercados, ainda me recordo do da Praça da Figueira e ainda vejo o da
Ribeira. Resumindo: estão a dar cabo de Portugal... Mas não me calam a voz, nem
me roubam o computador, o monitor, o teclado e o rato. (Ainda) não me mandam
para «campos de reeducação» que o mesmo é dizer de concentração que por
enquanto não há. Não me tirarão o direito à Liberdade e à Democracia.
Porque
eu não os deixo vergar-me, nem me vergarão; se a PIDE mascarada de DGS não me
calou a boca e o procedimento, não serão estes cretinos que o farão. Mas que há
bufos, há. Mas também não tenho medo deles, ainda que suspeite que os
«informadores» andam por aí. Ainda não há delitos de opinião mas compram muitos
ditos comentadores, opinion
makers eos tais ditos jornalistas
da nossa praça, da imprensa escrita, da radiofónica e da televisiva. É verdade
que ainda há os sérios e honestos, mas cada vez menos…
Não
tenho medo destes (des)governantes, ainda que não seja um herói. Mas não
deixarei de criticar as vilanias dos membros chamado Poder (?) que por aí
correm, a insídia que bolsam, a falsa imagem que tentam transmitir para enganar
os Portugueses, melhor dito, para nos enganar. Nasci assim, tenho vivido assim
e morrerei assim. Nunca me vendi, nem recebi por baixo da mesa, nem fiz trocas
de influências, nem corrompi ninguém, nem me deixei corromper. Nunca.
O
Salazar também começou por ser ministro das Finanças e depois empurrou pela
escada abaixo o então primeiro-ministro, General Domingos de Oliveira, o que
resultou em quase 50 anos de ditador, com a Censura, depois Exame prévio na
«Primavera» marcelista, e a PIDE transmudada em DGS na mesma altura. E no
Tarrafal. E no São Nicolau. Coelho que se cuide, portanto, de Gaspar. E de
Paulo Portas, intriguista-mor do reino. Há dias em que não se deve sair de casa
às noites.