Por Antunes Ferreira
DAS AGÊNCIAS - O jornal Financial Times ironiza esta sexta-feira com a situação portuguesa e sugere a anexação de Portugal pelo Brasil. Na coluna “Lex” é, ainda, assegurado que as maiores vantagens seriam para Portugal.
«A União Europeia considera Portugal problemático: sem governo, com alta resistência à austeridade e fraca performance económica crónica (o PIB estagnou na última década). As negociações são duras» prossegue o articulista que, depois, escreve: «Aqui está uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil». E faz de seguida o elenco das virtudes brasileiras: um país onde se fala português e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década.
«Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB», acrescenta a coluna que termina por apontar que «Claro, o antigo colonizador ia ressentir-se da perda de status. Mas a anterior colónia tem algo a oferecer, além de spreads mais baixos no crédito e défices corrente e do Estado proporcionalmente muito inferiores. O Brasil é um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o centro emergente do poder mundial. Para casa, soa melhor do que a velha e cansada União Europeia».
Poderia, perfeitamente, ficar por aqui, pedindo apenas desculpa aos que me lêem por me contentar, preguiçoso, com a transcrição. Mas, acrescento umas linhas, pelo menos para me auto-penitenciar. O nosso ‘Sorumbático’ e o Carlos Medina Ribeiro não ficariam, também e por certo, muito satisfeitos com o autor destas linhas…
O diário económico (e não só) mais conhecido do Mundo goza com Portugal. Não posso classificar de outro modo, o texto que acima se lê. Com Portugal, principalmente, mas outrossim com o Brasil. Se nós merecemos ser assim tratados, já a grande Nação da outra margem do Atlântico, não. O desconchavo está em que o nosso pobre torrão se comporta tão mal que se sujeita a ser gozado desta maneira…
O jornal cor de salmão é originário do País que constitui com Portugal a mais velha Aliança da Europa. Mas, igualmente, o que originou o Mapa cor-de-rosa que antecedeu outra crise de tal ordem por aqui, que iria desaguar na substituição do regime político português. Entre as duas balizas, ficam uns quantos símbolos da colonização britânica entre nós, desde a Carris até aos TLP, desde o vinho do Porto até ao da Madeira. E por aí fora.
Ao estado a que chegámos. Motivo de galhofa, ainda que provinda de quem também anda arredado dos melhores caminhos, de quem perdeu um Império para se refugiar na Europa a que se refere, mas que não teve a coragem e a determinação suficientes para ter entrado no euro.
Tudo medido e tudo pesado, não posso deixar de me repetir: ao que nós chegámos…
DAS AGÊNCIAS - O jornal Financial Times ironiza esta sexta-feira com a situação portuguesa e sugere a anexação de Portugal pelo Brasil. Na coluna “Lex” é, ainda, assegurado que as maiores vantagens seriam para Portugal.
«A União Europeia considera Portugal problemático: sem governo, com alta resistência à austeridade e fraca performance económica crónica (o PIB estagnou na última década). As negociações são duras» prossegue o articulista que, depois, escreve: «Aqui está uma ideia inovadora para lidar com a situação: a anexação pelo Brasil». E faz de seguida o elenco das virtudes brasileiras: um país onde se fala português e onde o PIB tem crescido, em média, 4% ao ano na última década.
«Portugal seria uma grande província, mas longe de ser dominante: 5% da população e 10% do PIB», acrescenta a coluna que termina por apontar que «Claro, o antigo colonizador ia ressentir-se da perda de status. Mas a anterior colónia tem algo a oferecer, além de spreads mais baixos no crédito e défices corrente e do Estado proporcionalmente muito inferiores. O Brasil é um dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), o centro emergente do poder mundial. Para casa, soa melhor do que a velha e cansada União Europeia».
Poderia, perfeitamente, ficar por aqui, pedindo apenas desculpa aos que me lêem por me contentar, preguiçoso, com a transcrição. Mas, acrescento umas linhas, pelo menos para me auto-penitenciar. O nosso ‘Sorumbático’ e o Carlos Medina Ribeiro não ficariam, também e por certo, muito satisfeitos com o autor destas linhas…
O diário económico (e não só) mais conhecido do Mundo goza com Portugal. Não posso classificar de outro modo, o texto que acima se lê. Com Portugal, principalmente, mas outrossim com o Brasil. Se nós merecemos ser assim tratados, já a grande Nação da outra margem do Atlântico, não. O desconchavo está em que o nosso pobre torrão se comporta tão mal que se sujeita a ser gozado desta maneira…
O jornal cor de salmão é originário do País que constitui com Portugal a mais velha Aliança da Europa. Mas, igualmente, o que originou o Mapa cor-de-rosa que antecedeu outra crise de tal ordem por aqui, que iria desaguar na substituição do regime político português. Entre as duas balizas, ficam uns quantos símbolos da colonização britânica entre nós, desde a Carris até aos TLP, desde o vinho do Porto até ao da Madeira. E por aí fora.
Ao estado a que chegámos. Motivo de galhofa, ainda que provinda de quem também anda arredado dos melhores caminhos, de quem perdeu um Império para se refugiar na Europa a que se refere, mas que não teve a coragem e a determinação suficientes para ter entrado no euro.
Tudo medido e tudo pesado, não posso deixar de me repetir: ao que nós chegámos…