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Por Antunes Ferreira
Por Antunes Ferreira
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SE QUISEREM UMA SEMANA cheia, nem é preciso pedir. Esta que hoje termina ficou a transbordar. De papinho inchado. Repleta de acontecimentos a todos os níveis, como quase todos os sete dias seguidos que em número de quatro ou cinco resultam num mês. Mas, repito, esta tem que se lhe diga. Se torcem o nariz ou franzem o cenho ao enunciado, passo a explicar, dando de barato que não é preciso fazer qualquer boneco.
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Para os que gostam do futebol – foi um fartote. Creio que, neste particular, não haverá grandes discordâncias. À cabeça, naturalmente, a proclamação na Ópera de Zurique (onde a FIFA e o senhor Blatter se haviam de ter lembrado de organizar a gala…) do melhor futebolista do Mundo no ano de 2008. E o prémio foi, como diria qualquer apresentador dos Óscares, para o solista Cristiano Ronaldo.
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Ainda mal acabara o Português de agradecer em primeiro lugar à sua mãe e a seu pai, ainda mal terminar de autorizar a progenitora com um explosivo «podem lançar os fogos!», ainda o Mundo – e não apenas o do futebol – preparava os encómios e as palmas, e já se perfilava no horizonte nacional, normalmente mediano menos, um outro acontecimento: a visita da mão de Deus.
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Exactamente, Maradona, agora seleccionador da Argentina vinha a Lisboa par ver o jogo entre o Benfica e o Olhanense, com o objectivo de ver em acção o compatriota Di María. Querem mais eventos importantes neste domínio do chuto na canela? Não bastariam estes dois para a qualificação inicial da semana repleta?
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Então, lá vai. As acusações feitas ao árbitro Paulo Baptista, de quem se disse que era «benfiquista» ferrenho foram tsunâmicas. Ao anedótico juiz (?), cuja péssima exibição, precisamente na partida da Luz entre encarnados, os da casa contra os de Braga, tudo foi apontado, incluindo a classificação por Mesquita Machado da sua actuação como «um roubo à mão armada». É obra! É do conhecimento público que as arbitragens, por cá, estão pelas ruas da amargura. Mas não se vislumbrou canhangulo nas mãos do portalegrense. Nem sequer corta-unhas. Donde…
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Vire-se a página. A inconcebível novela entre a Rússia e a Ucrânia por mor do malfadado gás proveniente da primeira, que, através da segunda, chegava à Europa, não tem qualificação. A tiritar de frio – e em alguns casos mesmo a morrer – os países europeus clientes do precioso combustível deitaram as mãos, presumo que enluvadas, à cabeça. O Senhor Barroso bem tentou fingir-se Durão. Promessas e contradições continuaram. E, no momento em que escrevo, continuam.
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Nem vale a pena falar da horrenda guerra que se desenrola em Gaza, Judeus e árabes insultam-se e culpam-se mutuamente, o trivial. Só que morrem muitos que presumivelmente não meteram nem sequer estopa para o rebentamento. Vá-se lá saber qual deles é o pior… Um tal Pilatos era homem para voltar a pedir a bacia-lavatório.
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Por cá, como se já bastasse o resto, a Dona Manuela Ferreira Leite disse na Grande Entrevista da RTP que, se ganhar as legislativas e formar Governo (milagre na Terra, só o do Comandante Chesley Sullenberger III, que amarou com o A320 no Rio Hudson) risca imediatamente a proposta do TGV. Saltou logo Mário Lino que contra atacou, lembrando que fora o PSD que acertara com Espanha o traçado do Comboio de Alta Velocidade. Zangam-se as comadres…
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Mas, no meio desta enchente, ficou-me uma acusação, aparentemente em reprise: por aqui, pelo Contenente, somos colonialistas. Já tínhamos sido; agora voltamos a cometer o mesmo pecado. Reincidência, dizem os juristas, é agravante. Caldo entornado?
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Seria, seria, se a acusação não tivesse sido feita pelo impagável bicho da Madeira, o Dr. Jardim, para amigos e conhecidos, o Alberto João. Todos nós, os da Metrópole, na terminologia salazarenta? Pelo menos, o Sócrates, caruncho dixit. O. Bem podia ter-lhe chamado o senhor Sócrates. Como disse o senhor Silva. Então não foi uma semana de papo cheio? Para os crentes: ó Cristo, vem cá abaixo ver isto.
SE QUISEREM UMA SEMANA cheia, nem é preciso pedir. Esta que hoje termina ficou a transbordar. De papinho inchado. Repleta de acontecimentos a todos os níveis, como quase todos os sete dias seguidos que em número de quatro ou cinco resultam num mês. Mas, repito, esta tem que se lhe diga. Se torcem o nariz ou franzem o cenho ao enunciado, passo a explicar, dando de barato que não é preciso fazer qualquer boneco.
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Para os que gostam do futebol – foi um fartote. Creio que, neste particular, não haverá grandes discordâncias. À cabeça, naturalmente, a proclamação na Ópera de Zurique (onde a FIFA e o senhor Blatter se haviam de ter lembrado de organizar a gala…) do melhor futebolista do Mundo no ano de 2008. E o prémio foi, como diria qualquer apresentador dos Óscares, para o solista Cristiano Ronaldo.
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Ainda mal acabara o Português de agradecer em primeiro lugar à sua mãe e a seu pai, ainda mal terminar de autorizar a progenitora com um explosivo «podem lançar os fogos!», ainda o Mundo – e não apenas o do futebol – preparava os encómios e as palmas, e já se perfilava no horizonte nacional, normalmente mediano menos, um outro acontecimento: a visita da mão de Deus.
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Exactamente, Maradona, agora seleccionador da Argentina vinha a Lisboa par ver o jogo entre o Benfica e o Olhanense, com o objectivo de ver em acção o compatriota Di María. Querem mais eventos importantes neste domínio do chuto na canela? Não bastariam estes dois para a qualificação inicial da semana repleta?
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Então, lá vai. As acusações feitas ao árbitro Paulo Baptista, de quem se disse que era «benfiquista» ferrenho foram tsunâmicas. Ao anedótico juiz (?), cuja péssima exibição, precisamente na partida da Luz entre encarnados, os da casa contra os de Braga, tudo foi apontado, incluindo a classificação por Mesquita Machado da sua actuação como «um roubo à mão armada». É obra! É do conhecimento público que as arbitragens, por cá, estão pelas ruas da amargura. Mas não se vislumbrou canhangulo nas mãos do portalegrense. Nem sequer corta-unhas. Donde…
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Vire-se a página. A inconcebível novela entre a Rússia e a Ucrânia por mor do malfadado gás proveniente da primeira, que, através da segunda, chegava à Europa, não tem qualificação. A tiritar de frio – e em alguns casos mesmo a morrer – os países europeus clientes do precioso combustível deitaram as mãos, presumo que enluvadas, à cabeça. O Senhor Barroso bem tentou fingir-se Durão. Promessas e contradições continuaram. E, no momento em que escrevo, continuam.
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Nem vale a pena falar da horrenda guerra que se desenrola em Gaza, Judeus e árabes insultam-se e culpam-se mutuamente, o trivial. Só que morrem muitos que presumivelmente não meteram nem sequer estopa para o rebentamento. Vá-se lá saber qual deles é o pior… Um tal Pilatos era homem para voltar a pedir a bacia-lavatório.
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Por cá, como se já bastasse o resto, a Dona Manuela Ferreira Leite disse na Grande Entrevista da RTP que, se ganhar as legislativas e formar Governo (milagre na Terra, só o do Comandante Chesley Sullenberger III, que amarou com o A320 no Rio Hudson) risca imediatamente a proposta do TGV. Saltou logo Mário Lino que contra atacou, lembrando que fora o PSD que acertara com Espanha o traçado do Comboio de Alta Velocidade. Zangam-se as comadres…
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Mas, no meio desta enchente, ficou-me uma acusação, aparentemente em reprise: por aqui, pelo Contenente, somos colonialistas. Já tínhamos sido; agora voltamos a cometer o mesmo pecado. Reincidência, dizem os juristas, é agravante. Caldo entornado?
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Seria, seria, se a acusação não tivesse sido feita pelo impagável bicho da Madeira, o Dr. Jardim, para amigos e conhecidos, o Alberto João. Todos nós, os da Metrópole, na terminologia salazarenta? Pelo menos, o Sócrates, caruncho dixit. O. Bem podia ter-lhe chamado o senhor Sócrates. Como disse o senhor Silva. Então não foi uma semana de papo cheio? Para os crentes: ó Cristo, vem cá abaixo ver isto.
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