Por Antunes Ferreira
ESTA SEMANA que hoje termina foi dominada pelo caso Maitê Proença. O assunto, de tão divulgado, comentado e criticado, é do conhecimento generalizado. Mesmo assim, aqui o resumo. A «senhora», que já por várias vezes este por cá – para representar em palco e promover os livros de sua autoria, ou seja, para aumentar a sua conta bancária com a colaboração dos Portugueses – tinha feito um vídeo sobre o nosso País em que escarnecia dos Tugas, ou seja, nos insultava com a gozação, e que passara na TV Globo já em 2007, mais precisamente no programa «Saia Justa».
Mas, ainda que com um belo atraso, o episódio chegou aqui. Um chorrilho de asneiras, umas atrás das outras que culminavam com a «distinta» actriz a cuspir na água da fonte existente nos Jerónimos. Coisa pouca, por conseguinte. Sabem-no todos: existe neste País um ditado que reza que quem não se sente, não é filho de boa gente. E os Lusos sentiram que tinham sido ofendidos – e de que maneira.
As televisões passaram o desgraçado vídeo, no qual um grupo feminino (ao que parece constituído pelos elementos do programa e pela própria Maitê Proença) gozava com as alarvidades que a Dona fabricara. A internet, em consonância com os ecrãs, ampliou o miserável assunto, com a força que se lhe reconhece. Os cidadãos aumentaram o tom dos comentários, excedendo-se até em muitas circunstâncias.
A «ilustre» veio a terreiro, pedir desculpa aos Portugueses. Afinal, fora apenas uma «brincadeira». A actriz disse que tudo não passou de uma brincadeira, já que, segundo ela, no Brasil, brinca-se com tudo. «Brinco com minha filha do mesmo modo com que brinco com a foto oficial do presidente da República. Não foi nada ofensivo até porque não houve intenção de ofender». Porém, sempre foi acrescentando que em Portugal (que ama com todas as veras da alma dela) há muita falta de sentido de humor.
As coisas são o que são. Correm pela blogosfera inúmeras listas de censura às estúpidas afirmações da «senhora», algumas como atrás disse, usando termos impróprios para consumo… Voam abaixo-assinados a dizer aos cidadãos que não comprem qualquer livro dela, que não assistam a nenhuma peça teatral, se ela tentar cá voltar e que, pasme-se, mudem de canal quando esteja a ser passada telenovela que ela interprete. E, até, que seja proibida de entrar no nosso País. Somos assim, ou oito ou oitenta.
O único (ou quase) sujeito a defender a sua dama, foi o Miguel Sousa Tavares, ex-namorado de curta permanência dela. Alinhou na alegação da «brincadeira» e reforçou a falta de humor lusitana. Foi o Carmo e a Trindade. Malharam-lhe com ganas, mais do que a expressão de Augusto Santos Silva.
Tenho para mim que uma tal onda de protestos e lamentações já exorbitou das dimensões que deveria ter. Com «desculpas» hipócritas, oportunistas e mal-educadas. É retintamente o caso de fazer o mal e a caramunha. Não adianta revolver o punhal na ferida, mas sim, curá-la, mesmo que não fique nunca cicatrizada.
Singularmente, nos dias que hoje culminam, José Sócrates, indigitado pelo triste de Belém para formar Governo, depois de ter ouvido os quatro principais partidos da oposição, declarou que o PS ia governar sozinho. Poucos deram atenção. Se o primeiro-ministro tivesse pedido desculpa por ter ganho as eleições – outro galo cantaria.
ESTA SEMANA que hoje termina foi dominada pelo caso Maitê Proença. O assunto, de tão divulgado, comentado e criticado, é do conhecimento generalizado. Mesmo assim, aqui o resumo. A «senhora», que já por várias vezes este por cá – para representar em palco e promover os livros de sua autoria, ou seja, para aumentar a sua conta bancária com a colaboração dos Portugueses – tinha feito um vídeo sobre o nosso País em que escarnecia dos Tugas, ou seja, nos insultava com a gozação, e que passara na TV Globo já em 2007, mais precisamente no programa «Saia Justa».
Mas, ainda que com um belo atraso, o episódio chegou aqui. Um chorrilho de asneiras, umas atrás das outras que culminavam com a «distinta» actriz a cuspir na água da fonte existente nos Jerónimos. Coisa pouca, por conseguinte. Sabem-no todos: existe neste País um ditado que reza que quem não se sente, não é filho de boa gente. E os Lusos sentiram que tinham sido ofendidos – e de que maneira.
As televisões passaram o desgraçado vídeo, no qual um grupo feminino (ao que parece constituído pelos elementos do programa e pela própria Maitê Proença) gozava com as alarvidades que a Dona fabricara. A internet, em consonância com os ecrãs, ampliou o miserável assunto, com a força que se lhe reconhece. Os cidadãos aumentaram o tom dos comentários, excedendo-se até em muitas circunstâncias.
A «ilustre» veio a terreiro, pedir desculpa aos Portugueses. Afinal, fora apenas uma «brincadeira». A actriz disse que tudo não passou de uma brincadeira, já que, segundo ela, no Brasil, brinca-se com tudo. «Brinco com minha filha do mesmo modo com que brinco com a foto oficial do presidente da República. Não foi nada ofensivo até porque não houve intenção de ofender». Porém, sempre foi acrescentando que em Portugal (que ama com todas as veras da alma dela) há muita falta de sentido de humor.
As coisas são o que são. Correm pela blogosfera inúmeras listas de censura às estúpidas afirmações da «senhora», algumas como atrás disse, usando termos impróprios para consumo… Voam abaixo-assinados a dizer aos cidadãos que não comprem qualquer livro dela, que não assistam a nenhuma peça teatral, se ela tentar cá voltar e que, pasme-se, mudem de canal quando esteja a ser passada telenovela que ela interprete. E, até, que seja proibida de entrar no nosso País. Somos assim, ou oito ou oitenta.
O único (ou quase) sujeito a defender a sua dama, foi o Miguel Sousa Tavares, ex-namorado de curta permanência dela. Alinhou na alegação da «brincadeira» e reforçou a falta de humor lusitana. Foi o Carmo e a Trindade. Malharam-lhe com ganas, mais do que a expressão de Augusto Santos Silva.
Tenho para mim que uma tal onda de protestos e lamentações já exorbitou das dimensões que deveria ter. Com «desculpas» hipócritas, oportunistas e mal-educadas. É retintamente o caso de fazer o mal e a caramunha. Não adianta revolver o punhal na ferida, mas sim, curá-la, mesmo que não fique nunca cicatrizada.
Singularmente, nos dias que hoje culminam, José Sócrates, indigitado pelo triste de Belém para formar Governo, depois de ter ouvido os quatro principais partidos da oposição, declarou que o PS ia governar sozinho. Poucos deram atenção. Se o primeiro-ministro tivesse pedido desculpa por ter ganho as eleições – outro galo cantaria.