Um Comunicado do Partido Nulo
Acaba de ser criada a secção portuguesa do PARTIDO NULØ.
O PARTIDO NULØ congratula-se com o resultado das sondagens publicadas pelo Expresso/SIC/Rádio Renancença e pela TSF, que nos consideram a 6ª força política mais votada, com uma percentagem próxima do CDS/PP, e com maior potencial de crescimento.
Este resultado, conjuntamente com a elevada percentagem de indecisos, a menos de dois meses das eleições, é um sinal de grande optimismo e de potencial crescimento para o PARTIDO NULØ.
Face à situação política do país, almejamos alcançar em breve o lugar de força política mais votada em Portugal, substituindo a abstenção.
Cremos que a elevada abstenção oferece um conveniente pretexto para governações minoritárias, tendencialmente alheadas dos interesses dos cidadãos e que só o voto nulØ surge como uma alternativa plena de potencial expressivo individual e colectivo.
Através do voto nulo, pretendemos afirmar a legitimidade do sistema de representação popular. Clamamos por melhores candidatos, melhores programas políticos, maior capacidade de entendimento das necessidades do país.
Através do voto nulo, afirmamos também a nossa criatividade individual: cada voto nulo é único; e cada voto nulo representa um potencial estético ímpar no contexto eleitoral.
Apelamos ao voto nulØ porque recusar os maus candidatos que se apresentam a eleições é um direito legítimo.
Não pretendemos governar. Pretendemos sim que quem nos pretende governar evidencie qualidade para tal.
Exigimos que o voto nulØ tenha expressão real nos órgãos colegiais (Assembleia da República, Executivos e Assembleias autárquicos). Queremos que os lugares elegíveis sem votantes suficientes sejam deixados vagos, para lembrar às outras forças políticas que o voto nulØ é um voto consciente e empenhado.