Por João Duque
QUERO MUDAR DE CLIMA, de mood. Estou cansado de falar em obra pública e na capacidade que muitos destes projectos têm em destruir valor às futuras gerações de portugueses.
Quero mudar de clima e acreditar que a educação e a inovação vão salvar Portugal. Não tendo matérias-primas, mas com uma excelente localização para podermos ser porto de entrada e saída de produtos por via marítima, ou aérea, vou acreditar que temos ainda uma hipótese de podermos liderar o desenvolvimento de produtos inovadores que possam dar ânimo e alento aos jovens portugueses que como eu querem mudar de clima.
Quero mudar de clima. Tentar ser mais rigoroso e optimista na esperança de que os decisores do meu país vão decidir sobre os bens públicos com a mesma consciência e zelo que teriam ao decidir sobre os seus próprios bens.
Quero mudar de clima e acreditar que ainda é possível dar a volta a Portugal sem sermos postos para fora do euro, sem passarmos por um colapso económico, com descida acentuada do preço da mão-de-obra a competir com chineses sem qualificação nem direitos, nem fuga massiva da população e miséria a rodos.
Quero mudar de clima, ajudado por um governo que aposta no desenvolvimento de Portugal e que o não sufoca com impostos, burocracia, corrupção, compadrio, amizades escandalosas, justiça entediante ou endividamento letal para ocupar uma população que constrói colossos.
Os egípcios também construíram pirâmides. Consumiram-se nelas que lhes foram servindo de túmulos e não passam hoje de atracção turística...
Diz a teoria que onde estiverem as ideias e os meios humanos e tecnológicos estará o capital, porque ele apoiará essas iniciativas porque é delas que ele vive. E isso não é mau.
O capital é, aliás, um dos melhores juízes sobre a capacidade de empreender e concretizar. Gosta de arriscar mas não o faz desprovido de sentido.
Quero mudar de clima para poder voltar a viver o sentimento de Primavera, em que os pássaros que querem batem as asas e voam. Sonham ir mais alto e mais além e conseguem-no porque não são tolhidos por redes assassinas, por leis estúpidas entorpecedoras.
Já imaginaram como era bom se Portugal sorrisse com a alegria e a esperança do Brasil, com a riqueza e a certeza de Angola e com a bondade e a generosidade de Moçambique?
É tempo de arrumarmos a casa muito bem arrumada, e com tudo no lugar e de jeito organizado, voltarmos um pouco ao triângulo dourado como lhe chama Murteira Nabo para daí colhermos a ajuda e a força que podemos.
Voltemos ao mar e aos nossos velhos e conhecidos portos. Procuremos, onde nos entendem, o que já não encontramos aqui, nesta terra velha e cansada e sejamos verdadeiramente uma porta de entrada para os que falam a nossa língua, afinal a nossa Pátria amada.
Quero mudar de clima e viver num país onde a liberdade aceita a diferença, discute as ideias mas diz sempre a verdade. Que pode ser dura, mas que é a verdade. E por isso se aceita.
Quero mudar de clima. Alguém me ajuda?
.QUERO MUDAR DE CLIMA, de mood. Estou cansado de falar em obra pública e na capacidade que muitos destes projectos têm em destruir valor às futuras gerações de portugueses.
Quero mudar de clima e acreditar que a educação e a inovação vão salvar Portugal. Não tendo matérias-primas, mas com uma excelente localização para podermos ser porto de entrada e saída de produtos por via marítima, ou aérea, vou acreditar que temos ainda uma hipótese de podermos liderar o desenvolvimento de produtos inovadores que possam dar ânimo e alento aos jovens portugueses que como eu querem mudar de clima.
Quero mudar de clima. Tentar ser mais rigoroso e optimista na esperança de que os decisores do meu país vão decidir sobre os bens públicos com a mesma consciência e zelo que teriam ao decidir sobre os seus próprios bens.
Quero mudar de clima e acreditar que ainda é possível dar a volta a Portugal sem sermos postos para fora do euro, sem passarmos por um colapso económico, com descida acentuada do preço da mão-de-obra a competir com chineses sem qualificação nem direitos, nem fuga massiva da população e miséria a rodos.
Quero mudar de clima, ajudado por um governo que aposta no desenvolvimento de Portugal e que o não sufoca com impostos, burocracia, corrupção, compadrio, amizades escandalosas, justiça entediante ou endividamento letal para ocupar uma população que constrói colossos.
Os egípcios também construíram pirâmides. Consumiram-se nelas que lhes foram servindo de túmulos e não passam hoje de atracção turística...
Diz a teoria que onde estiverem as ideias e os meios humanos e tecnológicos estará o capital, porque ele apoiará essas iniciativas porque é delas que ele vive. E isso não é mau.
O capital é, aliás, um dos melhores juízes sobre a capacidade de empreender e concretizar. Gosta de arriscar mas não o faz desprovido de sentido.
Quero mudar de clima para poder voltar a viver o sentimento de Primavera, em que os pássaros que querem batem as asas e voam. Sonham ir mais alto e mais além e conseguem-no porque não são tolhidos por redes assassinas, por leis estúpidas entorpecedoras.
Já imaginaram como era bom se Portugal sorrisse com a alegria e a esperança do Brasil, com a riqueza e a certeza de Angola e com a bondade e a generosidade de Moçambique?
É tempo de arrumarmos a casa muito bem arrumada, e com tudo no lugar e de jeito organizado, voltarmos um pouco ao triângulo dourado como lhe chama Murteira Nabo para daí colhermos a ajuda e a força que podemos.
Voltemos ao mar e aos nossos velhos e conhecidos portos. Procuremos, onde nos entendem, o que já não encontramos aqui, nesta terra velha e cansada e sejamos verdadeiramente uma porta de entrada para os que falam a nossa língua, afinal a nossa Pátria amada.
Quero mudar de clima e viver num país onde a liberdade aceita a diferença, discute as ideias mas diz sempre a verdade. Que pode ser dura, mas que é a verdade. E por isso se aceita.
Quero mudar de clima. Alguém me ajuda?
«Expresso» de 12 Dez 09