segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Edición genética sin “tijeras”

Por Antunes Ferreira

Com o pós-título em corpo menor agravou-se-me a maleita de que sofria: Un nuevo sistema, que no altera los genes, ataca en ratones la diabetes, a 

disfrofia muscular y la enfermedad renal. Es el primer paso para experimentar con esta técnica en humanos. E em subtítulo a uma coluna o autor do artigo Javier Sampedro informava numa coluna que era Es la primera vez que se aplica esta tecnología en un animal vivo.  E mais abaixo: El autor principal es el investigador español Juan Carlos Izpisúa.

E como no texto era referido o sistema CRISPR decidi ir à Wikipédia, uma 
verdadeira de salvação. Em má hora o fiz… Passo a transcrever.
 “O sistema CRSPR(do inglês Clustered Regularly Interspaced Short 
Palindromic Repeats), ou seja, Repetições Palindrómicas  Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas, consiste em pequenas porções 
do DNA bacteriano compostas por repetições de nucleotídeos. Cada uma
 dessas repetições encontra-se adjacente a um “protoespaçador” (“espaçador de DNA”), que corresponde a uma região não-codificante inserida no DNA bacteriano após o contacto com genomas invasores provenientes de bacteriófagos ou plasmídeos. A transcrição do locus CRISPR resulta em pequenos fragmentos de RNA com capacidade de desempenhar o reconhecimento de um DNA exógeno específico e atcuar como um guia de modo a orientar a nuclease Cas, que irá promover a clivagem e consequente eliminação do DNA invasor caso este entre novamente em contacto com a bactéria, atuando como importante mecanismo de defesa contra DNAs invasores. No entanto, este sistema não é restrito a bactérias, o gigantesco Mimvírus se defende de invasores utilizando um semelhante sistema CRISPR implementado por bactérias e outros microorganismos. O sistema de defesa do Mimivírus pode levar a novas ferramentas  de edição de genoma.”
Perceberam? Eu não percebi. Nem conto que um destes dias venha a perceber. Parece-me que todo este arrazoado (que quer dizer louco, etc.) é realmente uma… loucura. Porém no final  do artigo o Senhor Don Javier 
Sampedro informa os leitores que experiências em ratos permitem a esperança usando este caminho permitirá curar problemas renais, diabetes de tipo I; além 
disso podem ser geradas novas células pancreáticas produtoras de insulina o que resultará reduzir os níveis do açúcar no sangue; e comO sistema CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats), ou seja, Repetições Palindrómicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas, consiste em pequenas porções do DNA bacteriano compostas por repetições de nucleotídios. Cada uma dessas repetições encontra-se adjacente a um “protoespaçador” (“espaçador de DNA”), que corresponde a uma região não-codificante inserida no DNA bacteriano após o contato com genomas invasores provenientes de bacteriófagos ou plasmídeos. A transcrição do locus CRISPR resulta em pequenos fragmentos de RNA com capacidade de desempenhar o reconhecimento de um DNA exógeno específico e atuar como um guia de modo a orientar a nuclease Cas, que irá promover a clivagem e consequente eliminação do DNA invasor caso este entre novamente em contato com a bactéria, atuando como importante mecanismo de defesa contra DNAs invasores. No entanto, este sistema não é restrito a bactérias, o gigantesco Mimivirus se defende de invasores utilizando um semelhante sistema CRISPR implementado por bactérias e outros microorganismos. O sistema de defesa do Mimivírus pode levar a novas ferramentas de edição de genoma.
Diversos são os mecanismos pelos quais a molécula de RNA guia pode ser sintetizada, entretanto, o sistema tipo II no qual baseiam-se os sistemas actualmente disponíveis para realização da edição gênica, requer a presença de um RNA transativador (tracRNA), e uma molécula pequena de RNA icuscomplementar à sequência repetida capaz de associar-se ao transcrito inicial do locus CRISPR, denominada CRISPR RNA (crRNA-sequências que consistem em um protoespaçador ligado a uma sequência repetida com estrutura de grampo). Esta associação origina o complexo tracRNA-crRNA, uma molécula de RNA dupla fita que após ser processada pela RNase III é convertida em uma molécula híbrida madura com função importante no que diz respeito à associação e direcionamento de uma nuclease para eliminação do DNA invasor. Nesse sistema especificamente, a nuclease envolvida na clivagem refere-se à Proteína Associada a CRISPR (casa 9) A alta taxa de insucesso, custo elevado e excesso de tempo necessário para realização das metodologias disponíveis para edição génica, tais como Recombinação Homóloga (comumente empregada na manipulação genica,tais como de céculas-tronco), Nucleases Dedos de Zinco (ZFN, do inglês Zinc Fingers Nucleases) e Nucleasses44eucl Efetoras semelhantes à Ativadores de Transcrição (TALENs, do inglês Transcription Activator–like Effector Nucleases), estas duas últimas requerem o reconhecimento em ambas as fitas de DNA para que a clivagem promovida por nucleases sintetizadas especificamente para tais metodologias seja bem sucedida, o que nos permite considerar tais métodos mais trabalhosos quando comparados ao sistema CRISPR .
Actualmente encontra-se disponível um gRNA (RNA guia) que consiste na construção de uma molécula de RNA desenvolvida biotecnologicamente, com a capacidade de mimetizar o que ocorre naturalmente em bactérias, e desta forma, promover o direcionamento da nuclease Cas9 para uma sequência alvo específica para que esta promova a clivagem e a sequência de interesse tornando esta disponível para atuação da maquinaria de reparo da célula e assim, promover edição da porção de interesse presente no genoma alvo. Tais fundamentos nos permitem considerar o sistema CRISPR (CISPR/Cas44) uma técnica rápida, com relativa facilidade de manipulação e baixo custo quando comparada a técnicas anteriores [].
 Ela poderáproporcionar a cura da distrofia muscular. Nos ratos melhorou a motricidade.
Enfim não é a mezinha que tudo cura: mas pode ajudar a humanidade a 
derrotar doenças levadas do Diabo.