sábado, 18 de maio de 2013

Prémios António Costa - Renovados até 31 de Maio de 2013!!!

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Actualização (19 Mai 13): só à conta dos responsáveis pelo estacionamento selvagem em Lisboa, o número de lagostas sobreviventes já vai em 122 (duas por mês, em 61 meses)!
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A QUE PROPÓSITO...?

Os Prémios António Costa homenageiam a sensibilidade demonstrada pela autarquia de Lisboa em relação a alguns dos pequenos-grandes problemas que infernizam o dia-a-dia do cidadão comum - (clicar nas palavras-chave para aceder a fotos adicionais):
Cargas-e-descargas anárquicas; pilaretes derrubados impunemente e outros que nunca são repostos; lixo com fartura (ver este ecoponto!); arrumadores de automóveis em roda-livre; grafitos (até em monumentos nacionais - veja-se, p. ex., o Pátio do Tronco!); ecopontos não esvaziados atempadamente; passadeiras nunca pintadas; pedintes profissionais por todo o lado; utilização abusiva
das faixas BUS (veja-se a R. do Ouro ou a Av. das Forças Armadas, p. ex.), das paragens da Carris (até por escolas de condução!), dos lugares para deficientes e para ambulâncias; estacionamento em 2ª fila (e até em 3ª!); jardins transformados em esterqueiras; passeios esburacados, atafulhados de carros (e até de camionetas!) e de dejectos; calçada portuguesa vandalizada 'legalmente'; sarjetas e caleiras de escoamento eternamente entupidas; bocas-de-incêndio e tocos de árvores no meio dos passeios; parques de estacionamento (legais!) em cima de passeios públicos (como na Av. do Brasil, na Av. A. Gago Coutinho e na Alameda D. Afonso Henriques); crateras nas faixas de rodagem... etc., etc., até à náusea mais completa.

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OS PRÉMIOS...

... serão atribuídos às primeiras pessoas que, em cada mês, enviem para medina.ribeiro@gmail.com fotos comprovativas do que em cada caso se indica em 'Condição'. Deverão referir data e hora, e permitir verificar que o local é o estipulado.
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COMECEMOS, ENTÃO,...

...pelo mais eloquente ex-libris da capital, o estacionamento selvagem impune, uma especialidade alfacinha que faz as delícias de qualquer estrangeiro que nos visite. Escolheram-se, para já, alguns simpáticos locais na finíssima zona da Av. de Roma:

Locais A 
Todas as paragens da Carris existentes na Av. de Roma, entre a Av. dos EUA e a Praça de Londres (5, ao todo)
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Condição: foto que mostre um veículo a ser rebocado. Prémio: almoço num restaurante da zona, à escolha do vencedor. Se o reboque ocorrer num sábado, num domingo ou num feriado, o prémio sobe para um almoço de lagosta, e em restaurante também à escolha do vencedor.

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Local B 
Em cima do passeio, na esquina da Av. de Roma com a R. Frei Amador Arrais.
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Condição 1: foto que mostre uma carripana a ser rebocada. Prémio: um almoço de lagosta (em restaurante à escolha do vencedor, que até pode ser o Gambrinus).
Condição 2: idem, bloqueado. Prémio: 12 pastéis-de-massa-tenra.

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Nota curiosa: depois de muitos protestos, foram aqui colocados, há algum tempo, 6 pilaretes. Mas quem o fez teve o extremo cuidado de não colocar os que pudessem impedir o acesso ao passeio! Pois, mesmo assim, alguns desses 6 têm sido sistemática e impunemente derrubados, à vista de toda a gente!E àqueles que acham que isto não tem importância nenhuma, sugere-se que vejam a vergonhosa cena que se passou, ali mesmo, no dia 7 Jan 11 - ver [aqui].
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Local C 
Em 2ª fila, na R. Frei Amador Arrais (mas só do lado dos ímpares, e entre os n.ºs 1 e 7)
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Condição 1: foto que mostre uma carripana em 2ª fila multada. Prémio: 6 pastéis-de-massa-tenra.
Condição 2: idem, bloqueada. Prémio: 12 pastéis-de-massa-tenra.

Condição 3: idem, a ser rebocada. Prémio: 18 pastéis-de-massa-tenra.
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Local D
Paragem da Carris, na Av. João XXI, junto ao n.º21
(Outro local onde se pode ver como, em Lisboa, os transportes públicos são "acarinhados")
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Condição: foto que mostre uma carripana a ser rebocada. Prémio: um almoço em restaurante da zona, à escolha do vencedor, e sem limite de preço.
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PODEM CONCORRER...
... todos os cidadãos (m/f) - incluindo os que, por acção ou omissão, fazem com que Lisboa seja uma cidade caótica, agressiva e desumana - de onde, actualmente, fujo sempre que posso. Mas, atenção: será preciso que as imagens mostrem a multa afixada, o bloqueador aplicado ou o reboque já engrenado.
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O GRANDE MISTÉRIO

Estes prémios começaram a ser oferecidos em Abril de 2008, tendo sido divulgados em inúmeros blogues (com especial destaque para «O Carmo e a Trindade», «No Reino do Absurdo» e «Passeio Livre» - mas também em caixas de comentários de muitos outros) e até, por várias vezes, no jornal «Público».
Nesse mesmo jornal, em 27 Jun 10, Miguel Esteves Cardoso dedicou ao tema uma das suas divertidas crónicas (intitulada «Roma Misteriosa»); a SIC também já lhe prestou atenção (no programa Boa Tarde; e até (suprema glória!) Mário de Carvalho, na pág. 107 do seu livro «A Arte de Morrer Longe», se refere à impunidade do estacionamento selvagem nesta bizarra zona de Lisboa - no tom de gozo que essa vergonha merece.

Embora com algumas incorrecções, o «Correio da Manhã» dedicou ao assunto (no suplemento de domingo do dia 23 Jan 11) uma peça com 1/4 de página; em 25 Abr 11 o «JN» dedicou-lhe uma página inteira!;  em 6 Set 11 o «DN» dedicou-lhe uma coluna inteira, e em 4 de Out 12 a «Visão» dedicou-lhe cerca de 3/4 de página.

Então, porque será que, 61 meses decorridos, ainda
não foi reclamado (quanto mais atribuído!) um único prémio, apesar de
os prazos terem vindo a ser renovados mês após mês?!
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CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

Dado que este concurso é actualizado mensalmente (o que se espera que suceda enquanto os almoços de lagosta não forem atribuídos), serão aqui anunciadas, de vez em quando, outras situações não menos curiosas, e com prémios igualmente aliciantes! Os próximos poderão ser, por exemplo, estes:

Local E
Saída de emergência do centro comercial Acqua bloqueada por iniciativa da CML!
- Ver [aqui]
Actualização: em 24 Abr 11 a situação apresentava-se um pouco melhor, tendo o vidrão sido deslocado para a esquerda. Ainda bem!
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Local F
Outro lugar para 'intocáveis' (taxistas, mas não só): à porta do Hotel Roma.
Uma nota curiosa: recentemente, interpelei dois fiscais da EMEL que estavam a actuar nesta avenida, e perguntei-lhes, concretamente, porque é que nunca actuavam nesta esquina. Puseram-se a rir, e a única resposta que consegui (de um deles) foi: «Essa é uma situação muito complicada... Muito complicada...». Fiquei perfeitamente esclarecido, e não insisti.
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Locais G
Passeio das avenidas novas 'ornamentado' com excrementos de cão - este, na R. João Villaret, ou qualquer outro. Pergunta-se: quantos donos, em toda a cidade e nos últimos anos,
foram multados por serem responsáveis por cenas destas?
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 Local H 
Outro, dos muitos locais de Lisboa, onde os 'especialistas dos pilaretes' se 'esqueceram' de colocar alguns.
Repare-se no pára-sol no carro da esquerda!
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Local I
Parece que não tem importância, mas tem - pelo que simboliza de estupidez, incompetência e absoluto desprezo pelos peões: esta placa está assim há vários anos, junto ao n.º 60 da Av. dos EUA. Foi colocada de tal forma que a sua aresta inferior está ao nível dos olhos (ou - vá lá... - da testa) de uma pessoa de altura média! Já foi referida, e por 2 vezes, no Correio da Manhã...
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Local J
Esquina da Av. República com a R. José Carlos Santos:
Pelos vestígios, não há dúvida de que esta passadeira já foi pintada uma vez, mas o trocadilho com "estão-se nas tintas" continua a ser aplicável.
Já agora: quando chegar a sua vez, o correspondente prémio vai contemplar, também, os 'intocáveis' (como o que se vê na imagem) que estacionam em cima do passeio da Av. da República - entre esta Rua José Carlos Santos e o Campo Grande.
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Local K
Deste tempos imemoriais que esta sucata (um elevador tão especial que até talvez tenha funcionado no dia da inauguração - mas nem isso é certo) ornamenta a zona Entrecampos.
Já foi objecto de petições de moradores, e até foi vedeta no «Nós por cá», da Sic - mas nem para a reciclagem o mandam. De um lado e do outro da passagem aérea, cartazes afixados nos pilares informam o passante a quem se deve este símbolo de «Como é gasto o nosso dinheiro».
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Local L
Praça da Figueira - Caleiras sem tampa, à espera dos pés de quem por ali passa.
(Só nos passeios Norte e Sul, cheguei a contar 12!). Actualização: em 5 Mai 11 a situação apresentava-se corrigida.
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Local M
Pátio do Tronco, à R. das Portas de Santo Antão, onde Camões esteve preso. Em 1992, a CML dignificou o local, com azulejos e inscrições alusivas. Há anos que está completamente 'sarapintado'. As fotos são de 22 Jan 11, mas podiam ser de há 2 ou 3 anos.

Actualização (26 Fev 11): finalmente, a situação foi corrigida, como se pode ver [aqui]. Nova actualização (9 Mai 11): é caso para dizer: «Gabaste, estragaste!». Hoje, constatei que os gatafunhos regressaram...
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Local N
Arte Moderna, à porta do Museu de Arte Antiga: a destruição da tão apregoada calçada portuguesa, num local
onde o estacionamento é legal! (Foto de 22 Jan 11).
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Local O
Na Alameda D. Afonso Henriques, e de ambos os lados da ala poente, o espaço calcetado foi entregue à exploração da EMEL. Enquanto o mesmo vai sendo destruído, podemos visitar, exactamente por baixo, um parque subterrâneo com 500 lugares, em 5 pisos, dos quais alguns chegam a estar fechados, por falta de freguesia.
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Local P
Rotunda de Entrecampos (Campo Grande, entre os n.ºs 2A e 4, e do lado oposto):
Outro local onde a calçada portuguesa é 'acarinhada' - e, no entanto, uma dúzia de pilaretes teria, há muito, acabado com esta situação.
Ali ao lado, o passeio entre a R. José Carlos Santos e o Campo Grande (e o do lado oposto, junto ao antigo teatro) também é "zona livre".
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Local Q
Rua da Prata: enquanto funcionários da CML compõem a calçada, uma camioneta da mesma autarquia trata-lhe da saúde... Como forma de criar postos de trabalho, é genial!
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Local R
Uma (in)esperada utilidade que muitos automobilistas dão à ciclovia da Av. Frei Miguel Contreiras
(Embora a carrinha branca seja a mesma, as fotos foram tiradas em dias diferentes)

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Locais S
Faixas BUS da Av. do Movimento das Forças Armadas e da Rua do Ouro - 'eles' até fazem fila!
Quando os transportes públicos sofrem de dificuldades, o que é que fazem os poderes públicos? Facilitam-lhes a vida, ou aumentam os preços? Quantos condutores, como os que as imagens mostram, foram multados (ou apenas interpelados pela polícia), nos últimos anos?
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Locais T
São incontáveis as tampas de caixas-de-visita que, colocadas "à balda", ornamentam as calçadas de Lisboa de forma vergonhosa. Algumas dessas obras-de-arte (como a de cima) não estão assinadas mas, no caso da de baixo (esquina da R. do Ouro com o Rossio), o dono não deixou os créditos por mãos alheias, e até deu lustro à placa identificadora - Brilhante!
NOTA: Para ver a colecção de horrores, clicar [AQUI].
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 Local U
Av. Óscar Monteiro Torres (frente ao n.º 66, a dois passos da Assembleia Municipal).
Quando chegar a sua vez, esta situação vai dar prémios fabulosos (porventura bifes de lombo).
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Local V
À porta dos Jerónimos - a bem do turismo nacional
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Local W
Av. dos EUA, junto a Entrecampos.
Colocado pela CML numa fiada de várias paragens de autocarros, este vidrão faz o que pode pela fluidez dos transportes públicos.
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Local X 
Na Av. dos EUA, frente ao n.º 102, outro local intocável... Actualização: em Janeiro 2012, a EMEL começou, finalmente, a actuar aqui, para grande espanto dos "habitués". É pena que seja só "às vezes"....
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Local Y
Em inúmeras zonas da capital, a lei, no que toca ao estacionamento, está entregue a estes técnicos. A imagem mostra um deles, n
a Av. Guerra Junqueiro, a encaminhar um carro para um local de paragem proibida, onde já estão mais dois (que, quase de certeza, serão multados pouco depois)
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Local Z
Av. da Liberdade, onde podem ser vistos alguns dos mais bonitos desenhos de calçada portuguesa
e apreciar como é acarinhada.
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Uma vez acabadas as 26 letras do alfabeto:
O prémio «Exemplo exemplar» vai para esta situação, que se pode ver quase todos os dias à porta da Assembleia Municipal de Lisboa. (A carrinha que se vê a seguir ao carro da Polícia Municipal é da CML).
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O prémio «Como, em Lisboa, os transportes públicos são acarinhados» vai para esta situação: bem no coração da capital (na Praça da Figueira, frente ao n.º 12), a escola de condução «Segurança Máxima» (passe a publicidade...) usa uma paragem da Carris como ponto de apoio para as suas actividades pedagógicas. Ah! E do outro lado da rua, onde um ingénuo sinal de trânsito diz "Paragem Proibida", costumam estacionar outros, da mesma família...

sábado, 6 de abril de 2013

Não tem ponta por onde se pegue

Por Antunes Ferreira 
MIGUEL RELVAS apresentou a sua demissão do Governo o que indubitavelmente o que tinha de fazer e já era tarde para o fazer. A comunicação social naturalmente abordou o assunto e, segundo ela (e passo a transcrever): 
«Miguel Relvas apesentou a sua demissão do governo e em comunicado o gabinete do primeiro-ministro informa que o Ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, apresentou ao Primeiro-Ministro o seu pedido de demissão, que foi aceite. Em face desta situação, o Primeiro-Ministro proporá oportunamente ao Presidente da República a exoneração desse membro do governo e a nomeação do seu substituto.» No comunicado o Primeiro-Ministro enaltece a lealdade e a dedicação ao serviço público com que o Ministro Miguel Relvas desempenhou as suas funções, bem como o seu valioso contributo para o cumprimento do Programa de Governo numa fase particularmente exigente para o País e para todos os portugueses.» 
Porém, «segundo apurou a TSF Miguel Relvas abandona o Governo porque o ministro da Educação estará a preparar-se para anunciar a retirada do título de licenciado a Relvas. A decisão de Nuno Crato resulta do relatório de verificação da atribuição de créditos, onde Relvas teve equivalência a 32 das 36 cadeiras do curso. Ainda segundo a TSF, a estação sabe que Nuno Crato se prepara, assim, para anular a licenciatura de Miguel Relvas em virtude dessa avaliação feita, que incluiu a validação das experiências pessoais do até aqui ministro dos Assuntos Parlamentares.
Recorde-se que no seu processo de licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais, concluída em 2007, falta também o comprovativo da realização de exames escritos. O relatório da Inspeção-geral da Educação à Universidade Lusófona e as licenciaturas com equivalências está nas mãos do ministro Nuno Crato e aponta para a anulação da licenciatura, mas esta decisão terá cabe ao Ministério Público. 
Entretanto o conselheiro de Estado António Capucho considerou hoje ainda que a demissão de Miguel Relvas é um “alívio” para o primeiro-ministro e uma “mais-valia” para o Governo, considerando que o ministro demissionário “falhou redondamente” no desempenho do cargo. 
Por seu turno, em declarações à agência Lusa, «António Capucho afirmou que esta demissão “já era aguardada e desejada pelo primeiro-ministro e pelo Governo há muito tempo face a um conjunto de situações em que Miguel Relvas estava envolvido e que no plano ético deixavam muito a desejar”. O antigo presidente da Câmara de Cascais, e ainda de acordo com a Lusa, «Para o primeiro-ministro é um alívio e para o Governo é uma mais-valia perderem este contributo do ministro Relvas”, e sintetizou também que na sua opinião, o ministro demissionário “falhou redondamente, apesar da declaração que fez, seja no poder local, seja na legislação administrativa ou na RTP”. 
“Aquilo que ele se gaba da reforma do poder local é um ‘flop’ completo, é um ataque nunca antes visto ao poder local. O processo de privatização da RTP foi um desastre completo. A coordenação do Governo não existe, cada ministro chuta para o seu lado», enumerou Capucho. Por isso, o social-democrata é perentório: “Não vejo grandes razões para se gabar mas compreendo que ele, no fim, queira ter uma palavra de autoelogio que seria do meu ponto de vista dispensável”.
Para António Capucho “é condição sine qua non para que este Governo possa ter um último fôlego e recuperar a credibilidade perante os eleitores e os portugueses em geral, haver uma equipa nova e algumas retificações no caminho que está em curso. “Sem isso, não vai conseguir recuperar a imagem mínima que é preciso ter para se conseguir governar com eficácia”, alertou. Capucho admitiu ainda que esta saída seja “apenas uma substituição pontual por razões pessoais, de confiança mútua muito especial entre o primeiro-ministro e o ministro Miguel Relvas, para não o envolver na remodelação de fundo”, e ainda disse que a remodelação era “absolutamente inadiável e que estava na forja”. 
Ainda segundo a agência Lusa (e continuo a transcrever) ela «contactou o dirigente democrata-cristão Pires de Lima e o ex-líder do PSD Marques Mendes, que se escusaram a prestar declarações sobre esta demissão.» 
Os líderes parlamentares da oposição e ainda continuo a transcrever) «O deputado do PCP Miguel Tiago congratulou-se hoje com a demissão do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, dizendo que «"Relvas já foi, faltam os outros"», numa declaração política no parlamento, e no final da sua declaração política no plenário do Parlamento, quando foi conhecida a demissão do ministro dos Assuntos Parlamentares, através de vários órgãos de comunicação social. Tiago acentuou que esse «"Rasgar o pacto de agressão, demitir o Governo, acabar com a alternância entre PS, PSD, CDS é o primeiro passo para repor os valores de Abril no futuro de Portugal"», prosseguiu o deputado, concluindo uma declaração política, que era sobre o apoio às artes. 
Para mim, as transcrições que fiz (para além de outras que também podia sublinhar) são suficientes neste imbróglio, neste destempero que grassa no Governo, na Assembleia da República e até no «Presidente da República(???)» que como de costume continua mudo e quedo, mantendo um singular bico calado sobre as declarações de José Sócrates na entrevista que deu à televisão do Estado no seu regresso a Portugal, na qual disparou à esquerda e à direita e também ao centro, mas que foram particularmente fortes, para não dizer agressivas apara o inquilino do palácio de Belém. Já nem é estranho vindo do múmia.
O problema, o único, que se coloca neste momento neste pobre País e no seu desgraçado Povo, é que ninguém quer tomar o poder, porque Portugal bateu no fundo e daí as «reticências» sobretudo de António Seguro que, passe o trocadilho, está seguro da alhada em que se meteria neste buraco. Buraco? Buracão! E assim vamos vivendo «cantando e rindo» da dita Mocidade Portuguesa do salazarento tempo e ainda utilizando com ironia, mas também com muita tristeza o hino da MP «levados sim». No caso vertente para o abismo. 
Muito naturalmente também o secreta-geral do Partido Socialista PS recusou que uma eventual remodelação do Governo resolva problemas no país e insistiu que a solução é a demissão de um executivo que disse não ter «ponta por onde se pegue». António José Seguro falava aos jornalistas no final do debate quinzenal, na Assembleia da República, durante o qual questionou o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, sobre as consequências de «instabilidade» e para a imagem externa do país resultantes da demissão do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas.
«O PS apresentou uma moção de censura ao Governo porque considera que há um impasse político no país disse Seguro. Há uma crise social, uma crise económica e o Governo transformou-se num obstáculo para a saída dessa crise. Só há uma solução: O Governo demitir-se e haver eleições em Portugal» sublinhou Seguro. Interrogado se ficou satisfeito com as justificações apresentadas pelo primeiro-ministro, durante o debate quinzenal, sobre os motivos que levaram Miguel Relvas a sair do Governo, António José Seguro afirmou que essa demissão demonstra como o atual executivo «está completamente fragmentado e fragilizado». 
«Num momento em que o país precisa de esperança, de coesão e de ter um Governo com energia e com capacidade de mobilização dos portugueses, assim como uma capacidade forte de negociação com os parceiros europeus de Portugal, assiste-se a um triste espetáculo de haver ministros a demitirem-se sem substituto e de secretários de Estado que se demitem mas que estão a prazo no Governo. Isto não tem ponta por onde se pegue». Confrontado com a possibilidade de o executivo PSD/CDS ganhar um novo impulso na sequência de uma remodelação, Seguro contrapôs: «Quem defende a demissão do Governo não considera que qualquer quer remodelação resolva o problema.»

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Tomar no traseiro

Por Antunes Ferreira
O TÍTULO desta crónica não é exatamente o que o ex-secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas, escritor e apresentador televisivo, escreveu sem margem para dúvidas: vá tomar no cu. Há que dizer, antes do mais, que a expressão é um brasileirismo: entre nós usa dizer-se levar no cu. Para um governante que até há pouco fez parte do (des)Governo do Coelho, ainda por cima sobraçando a pasta da Cultura, o escrito parece ser pertinente. O Acordo Ortográfico em vigência não se refere a expressões desse jaez, reporta-se principalmente à ortografia, tanto quanto sei.
Mas, vamos a factos e para tal permito-me transcrever a notícia saída a terreiro no diário «Público», faz hoje oito dias, mesmo sem ter pedido autorização ao referido quotidiano.
«Francisco José Viegas dedica esta quarta-feira um post no seu blogue ao actual secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, onde lhe deixa um aviso sobre o que fará se for abordado por um agente da Autoridade Tributária e Aduaneira.
“Queria apenas avisar que, se por acaso, algum senhor da Autoridade Tributária e Aduaneira tentar fiscalizar-me à saída de uma loja, um café, um restaurante ou um bordel (quando forem legalizados) com o simpático objetivo de ver se eu pedi fartura das despesas realizadas, lhe responderei que, com pena minha pela evidente má criação, terei de lhe pedir para ir tomar no cu, ou, em alternativa, que peça a minha detenção por desobediência”.
“Ele, pobre funcionário, não tem culpa nenhuma; mas se a Autoridade Tributária e Aduaneira quiser cruzar informações sobre a vida dos cidadãos, primeiro que verifique se a Comissão Nacional de Proteção de Dados já deu o aval, depois que pague pela informação a quem quiser dá-la”», justifica o ex-governante.
Francisco José Viegas foi secretário de Estado da Cultura do Governo de Passos Coelho até Outubro de 2012, data em que apresentou a sua demissão, invocando motivos de saúde. O PÚBLICO tentou repetidamente falar com o ex-governante, sem sucesso».
Ora muito bem, o que quer dizer ora muito mal. Viegas utilizou o vernáculo que entendeu, sem cuidar das repercussões que o conselho iria ter por este cada vez mais triste País? Presumo que não. Quando escreveu que a ser abordado por um qualquer funcionário (recorde-se, e Viegas devia ser o primeiro a reconhecê-lo, que hoje não há funcionários, há, sim, trabalhadores da Função Pública…) mais zeloso da ATA, à saída de um restaurante ou instituição similar quisesse fiscalizar a respeito de fatura, o mandaria tomar no cu, o escritor e ex-governante sabia o que escrevia. Não consta que tenha tido qualquer alucinação, ainda que temporária, que tivesse fumado mais charros que (ainda) são proibidos, ou que tenha sido atacado por uma qualquer ATAfobia.

Escreveu, está escrito, diziam os Romanos e com carradas de razão que verba volant, scripta manent. Ou seja, as palavras voam, as escritas permanecem. Nada a acrescentar ao que publicou no blogue dum seu antigo companheiro deste caótico Governo que diz que nos governa. Mas também pode acontecer que o puritanismo, a decência e a moral pública o qualifiquem de mal-educado. Ou a Igreja o excomungue. Nada disso. Eu, pelo menos espero bem que tal não aconteça; mas.pelo andar da carruagem…

 

O mais curioso, e continuo a transcrever o texto do «Público», foi que «Questionado pelos jornalistas sobre estes comentários na conferência de imprensa no final do Conselho de Ministros, o ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou não os ter lido e disse que respeita "a opinião de todos os portugueses, tenham ou não feito parte do Governo". Miguel Relvas acrescentou que o executivo sabe que "as medidas são difíceis e delicadas", mas realçou que cabe a quem decide tomá-las fazê-las aplicar».

 

Tentando traduzir: seja ou não seja ex-membro do Executor, digo, Executivo que diariamente nos executa, qualquer cidadão poderá mandar tomar no cu a outro cidadão, sem que daí venha qualquer mal a público ou, até, sem receber dois sonoros pares de estalos. Isto porque Ervas, perdão, Relvas, respeita a opinião de todos os Portugueses, etc. O licenciado só com uma cadeira – que não a que talvez merecesse, isto é a elétrica – é um fervoroso adepto de expressões sem qualquer má intenção. Recorda-me até a célebre intervenção de Ramada Curto em pleno tribunal a propósito do termo usado pela Acusação - filho de puta.

 

Assim, numa terra como a nossa, não é motivo de agravo, muito menos de punição, mandar um sujeito, no caso um fiscal da ATA, tomar no cu. E se o dissessem a Relvas?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

O (des)Governo nacional

Por Antunes Ferreira
 
Desde Maio do ano passado que aqui não vinha. Uma recaída da maldita depressão bipolar que tiver há seis anos e que durara cinco anos e seis psiquiatras, deixou-me de rastros até há 15 dias. Mais um aborrecimento, mais um sofrimento, mais dias muito difíceis Agora estou de volta, pois o patrão da loja, o meu querido Amigo Carlos Medina Ribeiro já me disse que voltava a acolher-me. Obrigado, Carlos. Aos (cada vez em menor número…) que me aturam e me acompanharam e ajudaram e apoiaram, mais um obrigado. Na minha Santa da Ladeira, ou seja a Dr. Alice Nobre disse-me na passada segunda- feira que ainda me mantinha a medicação, mas tenho esperança de estabilizar a doença que, de resto é incurável. E, felizmente, a psiquiatra também tem a mesma opinião. Mas, tenho medo de voltar atrás, confesso. Oxalá que não.

CONTINUO entretanto com a capacidade - talvez mesmo maior - de lutar pela Verdade - que estes lacaios da troica e do poder económico conspurcam quotidianamente. Alegando transparência, escudam-se na escuridão em que vivem; mentem com quantos dentes (cariados) têm na boca. Sabem que estão a amortalhar o Povo Português e que estão errados e não querem reconhecê-lo. Praticam a engenharia (?) financeira e mentem Olhe-se, por exemplo, com alguma atenção para o OE de 2012 e ver-se-á o que fez o ministro Gaspar para chegar aos 4,8 % de défice. Para tanto, foi contando como receita os fundos de pensões de instituições diversas, principalmente dos bancos e com a venda da ANA – que a Eurostat começou por rejeitar, agora faz que anda mas não anda, e quiçá venha a considerá-la perfeitamente correta. Eu não percebo muito de finanças nem de economia, apesar de as ter estudado (?...) na Faculdade de Direito da UL. Mas aprendi umas coisas quando fui adjunto do falecido Prof. Sousa Franco, quando este foi Presidente do Tribunal de Contas e, depois, ministro das Finanças.

Os exemplo dos despautérios deste (des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda fazer, são muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins, BCE e FMI tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(ti)tor português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números que nunca tinham sido atingidos em Portugal. Olhe-se, por exemplo, com alguma atenção para o OE de 2012 e ver-se-á que o ministro Gaspar para chegar aos 4,8 % de défice. Para tanto, foi contando como receita os fundos de pensões de instituições diversas, principalmente dos bancos e com a venda da ANA – que a Eurostat começou por rejeitar, agora faz que anda mas não anda, e quiçá venha a considerá-la perfeitamente correta. Eu não percebo muito de finanças nem de economia, apesar de as ter estudado (?...) na Faculdade de Direito da UL. Mas aprendi umas coisas quando fui adjunto do falecido Prof. Sousa Franco, quando este foi Presidente do Tribunal de Contas e, depois, ministro das Finanças. E por isso…

Os exemplo dos despautérios deste (Des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda fazer, são muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins, BCE e FMI tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(tu)tor português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números que nunca tinham sido atingidos em Portugal.

Mas os outros comparsas desta farsa ignóbil são todos ou quase todos. Os exemplo dos despautérios deste (Des)Governo, que faz apenas o que a temível troica o manda fazer, são muitos? Nada disso: faz mais do que lhe ordenam. Por isso Ecofins, BCE e FMI tanto se regozijem com o «sucesso das medidas de austeridade do Execu(ti)tor português». E a senhora Merkel, e outros figurões também. E entretanto chegámos aos 16,5% de desempregados, o que significa cerca de 700.000 cidadãos, números que nunca tinham sido atingidos em Portugal.

E têm nomes: o ministro Relvas licenciado por obra e graça do divino Espírito Santo e da Lusófona, apenas tendo feito uma cadeira e logo ficou com o canudo na mão dada a sua «grande experiência nos mais diversos campos», o super ministro da Economia, e de mais uma porrada de coisas, Álvaro Santos, que vive noutro planeta, se calhar na Lua ou mesmo em Marte. A gentil e graciosa Crista, ministra da Agricultura e das Pescas e etc., que mandou que os altos funcionários do seu Gabinete, isto é os «importantes trabalhadores da Função Pública desligassem os ares condicionados para dar exemplo da poupança absoluta. 

E o ministro dos Assuntos Sociais, Mota Soares que foi para o seu ministério de Vespa e hoje usa um topo de gama. Bastam estes, mas há mais, ou seja são todos, à frente dos quais Passos Coelho é um salta pulinhos de pilhas de fancaria e fora do prazo de validade.  Para não falar no Portas que, como se sabe, abre e fecha quando lhe surge oportunidade e lhe dá realíssima gana e, ainda, é especialista em submarinos que não submarinam quase nada. Ao pé deles o Nautilusdo capitão Nemo inventado pelo Júlio Verne nas suas «20 mil léguas  submarinas» estava muito mais … adiantado  e sofisticado.

São um arremedo de ditadores de pacotilha e têm quem lhes dê «boa informação», muitas vezes paga, poi que há bastantes jornaleiros, perdão, jornalistas que o fazem. São, portanto desonestos, apoiados pelas organizações e países e governantes que os dominam. Fazem todos parte da mesma máfia internacional, dizem-se neoliberais e são prepotentes, arrogantes e espertalhaços, desde Belém a São Bento e etc. Para não falar no Fernando Ulrich, banqueiro, que disse que os Portugueses, aguentam, ai aguentam , pois se os sem-abrigo aguentam por que bulas os outros não haverão de aguentar?  Não há quem lhe vá ao focinho, pelo menos?

Dizem que os que estavam antes eram mentirosos, corruptos e falcatrueiros, o que eles também são, mas não dizem que foi o Cavaco Silva, da mesma seita laranja, que, quando primeiro-ministro e com dinheiro «dado» pela então CEE, pagou aos agricultores para que arrancassem oliveiras, sobreiros e vinhas, mas agora diz que os Portugueses devem dedicar-se à agricultura. Pagou, com os dinheiros da mesma origem para aos armadores afundarem a frota pesqueira nacional e agora roga que se pratique a pesca para ajudar a  saída da «crise» que ele próprio começou a criar.

Enfim, sobem os impostos de todos, incluindo os reformados, e assim diminuem os salários, o poder de compra e dão de pantanas com a pouca Economia que temos, aumentam os preços da energia, da água, dos transportes e até do pão, e tudo para restaurar a confiança dos chamados «mercados» a quem prestam vassalagem. Por mim, mercados, ainda me recordo do da Praça da Figueira e ainda vejo o da Ribeira. Resumindo: estão a dar cabo de Portugal... Mas não me calam a voz, nem me roubam o computador, o monitor, o teclado e o rato. (Ainda) não me mandam para «campos de reeducação» que o mesmo é dizer de concentração que por enquanto não há. Não me tirarão o direito à Liberdade e à Democracia.

Porque eu não os deixo vergar-me, nem me vergarão; se a PIDE mascarada de DGS não me calou a boca e o procedimento, não serão estes cretinos que o farão. Mas que há bufos, há. Mas também não tenho medo deles, ainda que suspeite que os «informadores» andam por aí. Ainda não há delitos de opinião mas compram muitos ditos comentadores, opinion makers eos tais ditos jornalistas da nossa praça, da imprensa escrita, da radiofónica e da televisiva. É verdade que ainda há os sérios e honestos, mas cada vez menos… 

Não tenho medo destes (des)governantes, ainda que não seja um herói. Mas não deixarei de criticar as vilanias dos membros chamado Poder (?) que por aí correm, a insídia que bolsam, a falsa imagem que tentam transmitir para enganar os Portugueses, melhor dito, para nos enganar. Nasci assim, tenho vivido assim e morrerei assim. Nunca me vendi, nem recebi por baixo da mesa, nem fiz trocas de influências, nem corrompi ninguém, nem me deixei corromper. Nunca. 

O Salazar também começou por ser ministro das Finanças e depois empurrou pela escada abaixo o então primeiro-ministro, General Domingos de Oliveira, o que resultou em quase 50 anos de ditador, com a Censura, depois Exame prévio na «Primavera» marcelista, e a PIDE transmudada em DGS na mesma altura. E no Tarrafal. E no São Nicolau. Coelho que se cuide, portanto, de Gaspar. E de Paulo Portas, intriguista-mor do reino. Há dias em que não se deve sair de casa às noites.

sábado, 5 de janeiro de 2013

Passatempo do 8.º aniversário - Solução

1636 gramas


Se não me enganei nas contas (o que às vezes, com a pressa, sucede - e, se assim for, corrige-se) a classificação é a seguinte:

1.º - João Rodrigues …. 1625g ... erro = 11g
2.º - Carlos Loureiro ... 1652g ... erro = 16g (*)
3.º - Emanuel … 1690g ... erro = 54g
4.º - Fritz ... 1720g ... erro = 84g
5.º - Graça … 1755g  ... erro = 119g
6.º - SLGS… 1785g   ... erro = 149g
7.º - Francisco Calado… 1810g  ...  erro = 174g
8.º - Ferreira… 1432g ... erro = 204g
9.º-  José Batista … 1850g ... erro = 214g
10.º - MG-PT ... 1853g ... erro = 217g
11.º - Luís Bonito … 1887g  ... erro = 251g
12.º - Roberto Rensenbrink … 1935g  ...  erro = 299g
13.º - Manuel Gonçalves … 1953g ... erro = 317g
14.º- R. da Cunha … 1237g ...erro = 399g
15.º - Manuel Araújo … 1234g ... erro = 402g
16.º - Ramiro … 1201 g  ... erro = 435g
17.º - Sofia … 3210g ...erro = 1574g

Os primeiros 16 (*) classificados terão até às 20h30m de amanhã (domingo) para escreverem para medina.ribeiro@gmail.com indicando:

A classificação que obtiveram, o nome e a morada para envio, e ainda o seguinte:

O 1.º classificado (João Rodrigues) poderá indicar qual dos 15 livros prefere (bastará indicar o número que antecede o título, na lista de prémios afixada no passatempo).

O 2.º classificado (Emanuel) poderá indicar 2 dos 15 livros, por ordem decrescente de preferência (idem).

O 3.º classificado (Fritz) poderá indicar 3 dos 15 livros (idem).
E assim sucessivamente, dado que todos os livros serão atribuídos.

No caso de haver prémios que não sejam reclamados até às 20h30m de amanhã, reverterão para futuros passatempos.
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Um abraço a todos!
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(*) Actualização (21h32m): A "aposta" de Carlos Loureiro escapou-me! A classificação já está acertada, e esperemos que não haja mais erros... Haverá mais um livro, então.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012




quarta-feira, 12 de setembro de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


Revista Egoísta, edição de Junho de 2012


Deserto do Sara, Argélia 1973


Imagens Perdidas
Fotografias de António Barreto

Selecção e organização de Ângela Camila Castelo-Branco


        Há propostas de trabalho que nos atraem, mas inquietam. Patrícia Reis, na sua persistente vontade de surpreender, resolveu quebrar os preceitos habituais de formato de publicação da revista Egoísta, decidindo que a edição de Junho de 2012 seria redonda como a Terra. No seguimento da apresentação de um outro portefólio de fotografias de António Barreto, realizado para a revista anual da Fundação Eugénio de Almeida (América’78 - Kodachromes de António Barreto), a editora desafiou o fotógrafo a contribuir com um conjunto de 12 imagens para o número 49 da Egoísta, sob o tema “Noite”.


Se o tema, dado a múltiplas interpretações, permitia fazer correr livremente a imaginação, já o formato da publicação desestruturava, a priori, toda a lógica de concepção e enquadramento concebido no acto fotográfico. A fotografia, enquanto  resultado de um espaço figurativo perspectivado pelo fotógrafo, obedece também a uma organização que é limitada pelo plano focal do aparelho. Captamos imagens através de visores de vários formatos: rectangulares, quadrados ou redondos. Na ausência de manipulação, seja por distorção, sobreposição de negativos, montagem, ou intervenção do Photoshop,  o resultado final é sempre confinado a dois formatos: quadrado e rectângulo; redondo é que nunca, se exceptuarmos os primeiros rolos da Kodak ou as fotografias obtidas a partir das câmaras Pinhole.

Apesar de ter presente que o olhar do fotógrafo constitui o essencial do acto fotográfico, seleccionar e organizar um conjunto coeso, que obedecesse ao critério atrás descrito, proporcionou discussão e obrigou a uma reinterpretação das imagens. Uma tarefa trabalhosa e entusiasmante, tanto mais que António Barreto participou e teve sempre voz activa na decisão da escolha final.

O presente conjunto de fotografias respeita uma narrativa evolutiva em diversos momentos e situações da actividade humana. Nem sempre aquela mudança resulta no desaparecimento de uma actividade, quase sempre evidencia a transformação ou adaptação da mesma a uma outra realidade. O fotógrafo mostra-nos a agricultura, o comércio, o trabalho, o pão que nos chega à mesa e o lazer, em especial a terra da qual tudo podemos esperar: a aridez oxidada dos desertos, a passividade com que é rasgada e preparada para receber as sementes, a generosidade com que nos recompensa nas colheitas.

As 12 fotografias aqui intencionalmente geminadas, procuram mostrar “Imagens Perdidas”. São fragmentos de vidas e rotinas dispersas no tempo, intemporais portanto mas, apesar de tudo, imagens que se sentem à vontade no presente. Assim, o homem montado num jumento transportando folhas de palma, segue o seu caminho pelas areias do deserto, indiferente à estrada de asfalto que o ladeia (M’zab, Argélia 1973). Por ventura, a sua resistência ultrapassa a das modernas viaturas, cujas carcaças sucumbem à areia dos desertos, como testemunha o esqueleto de um “carocha” no deserto do Sara, fotografia do mesmo ano na Argélia. Ainda no norte de África, e daí para o sul da Europa, apenas dois anos separam a fotografia do costureiro “berbere”, que ganha a vida com uma máquina de costura em Beni Esguen, da fotografia em Lisboa onde conversam à janela de um primeiro andar do número 141 da Rua Augusta os alfaiates da Eugénio de Moraes, Lda.

Das vindimas no Douro ao casal que semeia na Beira Litoral, a agricultura sempre presente, imagens marcantes de um país que, contudo ainda hoje importa quase metade dos produtos alimentares que consome. Com o olhar fixo na câmara de António Barreto, o vendedor de alhos, em Ponta Delgada, é observado com espanto por um rapaz descalço que calcorreia a calçada negra da cidade com a mesma vivacidade com que os meninos em Argel se apressam a levar o pão para a mesa que os espera. Em Angra do Heroísmo, ao olharmos com uma certa nostalgia a fachada do Café Atlântico, distribuidor de espumantes e vinhos das Caves Monte Crasto, esquecemos que os líquidos que a boca pede são fruto de trabalho árduo suportado por homens que, até ao fim do ciclo da vindima, podaram, enxertaram, cavaram, colheram e transportaram às costas os cestos carregados com 60 quilos de uva.

Trinta a quarenta anos nos separam destas fotografias que parecem fazer parte de uma realidade longínqua. Mudaram os transportes, substitui-se a força braçal pelas máquinas, intensificou-se a produção, alargaram-se fronteiras... Para melhor ou pior, em continua batalha de criatividade, o engenho e a arte do homem transformaram a natureza!

Ângela Camila Castelo-Branco


M' zab, Argélia 1973



      Douro 1975                   Beira Litoral, ca. 1975


      Argel, Argélia 1973                Tourém, Trás-os-Montes 1982


     Ponta Delgada, Açores ca. 1980       Angra do Heroísmo, Açores 
                                                                  ca. 1980

                          Beni Isguen, Argélia 1973          Lisboa 1975

                Grécia 1975                 Budapeste, Hungria 1974


António Barreto
 © Fotografia Ângela Camila Castelo-Branco

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Limpando ervas... onde as não há!

 30 de Junho de 2012
Av. de Roma, topo Sul, lado dos pares
6 de Julho de 2012
Av. Almirante Reis (lado dos ímpares)
(idem)
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Estas fotos completam as outras que mostram a "selva" de ervas que ornamentam muitos passeios de Lisboa.  A anedota consiste no facto de estes funcionários estarem a limpar ervas... onde não as há!

Zonas verdes de Lisboa

Aspecto geral dos passeios do lado Norte da Rua Maria Amália Vaz de Carvalho, em Lisboa

sábado, 7 de julho de 2012

No Reino do Absurdo

Este sinal de trânsito (na Av. da Liberdade, em Lisboa) começa logo por ter a particularidade de não mostrar, a quem chega, a indicação de que o parque é exclusivo para as viaturas da D. G. Artes - seja lá isso o que for..
Porventura para que não haja dúvidas, foi colocada, no chão, uma peça de Arte Moderna...

quinta-feira, 21 de junho de 2012

 
17 Ago 2011
 
 5 Jun 12
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As 5 fotos que aqui se apresentam dividem-se em 2 grupos: 
As três primeiras formam uma sequência, e mostram uma descarga feita em moldes não aceitáveis.
As duas de baixo mostram como os condutores da mesma empresa sabem, quando querem, respeitar o Código da Estrada e as normas de civismo.