Por João Paulo Guerra
A REVISÃO da Constituição, objectivo do PSD para antes das presidenciais, é para ser negociada e exige o acordo do partido do Governo. De maneira que mais bla-blá-blá, menos patati-patatá, ficará tudo como dantes: o PS governa e o PSD faz de conta que é oposição.
De resto, o PSD vai aproximar-se do CDS em matérias e abordagens populistas, como o demagógico combate ao rendimento mínimo e à solidariedade social, o que colocará os dois partidos a disputar os votos taxistas. E em relação a questões como as privatizações e a liquidação do Estado, o PSD vai gritar esfola cada vez que o PS disser mata. E pouco mais.
Nem mesmo a eleição presidencial do início do ano que vem animará o combate político ao longo do ano. O PS está a facilitar bastante as coisas nesse domínio, arrastando ao máximo a apresentação e criando as maiores reticências quanto ao apoio a uma candidatura capaz de unir os eleitores de "esquerda", até que grande parte do eleitorado dê como inevitável o triunfo do Prof. Cavaco Silva - cujos apoios a nível de partidos não chegam aos 40 por cento, pelas eleições de 2009.
Mas depois das presidenciais é então possível que a cena política se anime, com luz ao palco e novos protagonistas em cena. E depois de mais uns meses de efeitos do convívio do PS "com a crise que criou" - como dizia o engenheiro Ângelo Correia no Económico de ontem - pensar-se-á então em confronto político e eleitoral. E Cavaco Silva, caso o PS contribua directa ou indirectamente para a reeleição, decidirá então com quem quer fazer a cooperação estratégica para a estabilidade.
.Ao eleger a revisão da Constituição como prioridade das prioridades da sua administração, o novo líder do PSD deixou claro que nos tempos mais próximos o partido vai praticar a Oposição Zero.
A REVISÃO da Constituição, objectivo do PSD para antes das presidenciais, é para ser negociada e exige o acordo do partido do Governo. De maneira que mais bla-blá-blá, menos patati-patatá, ficará tudo como dantes: o PS governa e o PSD faz de conta que é oposição.
De resto, o PSD vai aproximar-se do CDS em matérias e abordagens populistas, como o demagógico combate ao rendimento mínimo e à solidariedade social, o que colocará os dois partidos a disputar os votos taxistas. E em relação a questões como as privatizações e a liquidação do Estado, o PSD vai gritar esfola cada vez que o PS disser mata. E pouco mais.
Nem mesmo a eleição presidencial do início do ano que vem animará o combate político ao longo do ano. O PS está a facilitar bastante as coisas nesse domínio, arrastando ao máximo a apresentação e criando as maiores reticências quanto ao apoio a uma candidatura capaz de unir os eleitores de "esquerda", até que grande parte do eleitorado dê como inevitável o triunfo do Prof. Cavaco Silva - cujos apoios a nível de partidos não chegam aos 40 por cento, pelas eleições de 2009.
Mas depois das presidenciais é então possível que a cena política se anime, com luz ao palco e novos protagonistas em cena. E depois de mais uns meses de efeitos do convívio do PS "com a crise que criou" - como dizia o engenheiro Ângelo Correia no Económico de ontem - pensar-se-á então em confronto político e eleitoral. E Cavaco Silva, caso o PS contribua directa ou indirectamente para a reeleição, decidirá então com quem quer fazer a cooperação estratégica para a estabilidade.
«DE» de 13 Abr 10