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Por João Paulo Guerra
ESTA FOI a quinta vez que o chefe de Estado visitou o 25 de Abril e ali depositou um discurso.
Antes desta, o chefe de Estado tinha visitado o 25 de Abril quatro vezes. Na primeira, em 2006, o chefe de Estado preocupou-se com a exclusão e apelou à inclusão social. Na segunda, em 2007, preocupou-se com a qualidade da democracia. Na terceira, em 2008, preocupou-se com a venda de ilusões na política e com a ignorância dos jovens. Na quarta, em 2009, preocupou-se com o alheamento dos jovens relativamente à vida cívica e política do país. Na quinta, em 2010, preocupou-se com os casos de riqueza imerecida.
E com tão amplo e condoído leque de preocupações é bem possível que o chefe de Estado visite o 25 de Abril por mais cinco vezes, de 2011 a 2015, pois motivos de preocupação não faltam a este País. Só um irremediável distraído como o chefe de Estado da República Checa não dá pelas preocupações dos portugueses em geral e do chefe de Estado português em particular. E havendo tanto motivo de preocupação, será irrecusável o apelo interior que o chefe de Estado vai sentir para que continue a preocupar-se. E assim, depois da quinta teremos, para o ano que vem, a sexta visita do chefe de Estado ao 25 de Abril e assim sucessivamente, carregando a cruz de um povo feliz por ter quem se preocupe com ele ou mesmo por ele.
A continuar este fadário, em 2011, na sexta visita ao 25 de Abril, o chefe de Estado estará, quiçá, preocupado com a crise política e com os preceitos e preconceitos constitucionais que não lhe permitem mudar de governo como quem muda de gravata. Em 25 de Abril de 2011 faltarão ao chefe de Estado quatro meses e tanto para poder exercer a plenitude dos seus poderes. O que não deixará de ser um motivo de preocupação. A menos que não seja assim.
.Por João Paulo Guerra
ESTA FOI a quinta vez que o chefe de Estado visitou o 25 de Abril e ali depositou um discurso.
Antes desta, o chefe de Estado tinha visitado o 25 de Abril quatro vezes. Na primeira, em 2006, o chefe de Estado preocupou-se com a exclusão e apelou à inclusão social. Na segunda, em 2007, preocupou-se com a qualidade da democracia. Na terceira, em 2008, preocupou-se com a venda de ilusões na política e com a ignorância dos jovens. Na quarta, em 2009, preocupou-se com o alheamento dos jovens relativamente à vida cívica e política do país. Na quinta, em 2010, preocupou-se com os casos de riqueza imerecida.
E com tão amplo e condoído leque de preocupações é bem possível que o chefe de Estado visite o 25 de Abril por mais cinco vezes, de 2011 a 2015, pois motivos de preocupação não faltam a este País. Só um irremediável distraído como o chefe de Estado da República Checa não dá pelas preocupações dos portugueses em geral e do chefe de Estado português em particular. E havendo tanto motivo de preocupação, será irrecusável o apelo interior que o chefe de Estado vai sentir para que continue a preocupar-se. E assim, depois da quinta teremos, para o ano que vem, a sexta visita do chefe de Estado ao 25 de Abril e assim sucessivamente, carregando a cruz de um povo feliz por ter quem se preocupe com ele ou mesmo por ele.
A continuar este fadário, em 2011, na sexta visita ao 25 de Abril, o chefe de Estado estará, quiçá, preocupado com a crise política e com os preceitos e preconceitos constitucionais que não lhe permitem mudar de governo como quem muda de gravata. Em 25 de Abril de 2011 faltarão ao chefe de Estado quatro meses e tanto para poder exercer a plenitude dos seus poderes. O que não deixará de ser um motivo de preocupação. A menos que não seja assim.
«DE» de 27 Abr 10